Descrição:
O objetivo do estudo foi avaliar a influência da incorporação de nanohidroxiapatita 10% em infiltrante resinoso experimental, na estabilidade de cor e microdureza seccional, quando comparado ao infiltrante experimental, ao infiltrante resinoso comercial Icon® e às superfícies de esmalte não-tratadas. Foram obtidos 135 blocos de esmalte de dentes bovinos no padrão 4x4 mm, foram submetidos a ciclos desmineralização/remineralização (des-re) durante 8 dias e, posteriormente, divididos em 5 grupos: H: hígido; ICL: lesão de cárie inicial; I: Icon®; E: experimental; EH: experimental contendo nanohidroxiapatita 10%. Em seguida, os grupos foram infiltrados ou não de acordo com os respectivos grupos. Para avaliação de cor (n=15) foram obtidos valores CIEL*a*b* por meio de espectrofotômetro nos tempos: T0 (antes da imersão), T1 (14 dias após imersão em café) e T2 (28 dias após). Para o manchamento foi utilizado 1,5l de solução de café, trocado diariamente durante 28 dias e foram calculados valores de ∆L*, ∆a*, ∆b* e a variação de cor (∆E00) através da fórmula CIEDE2000. Para a microdureza seccional (Knoop) foram obtidas metades dos espécimes (n=12) e realizadas 30 leituras em cada amostra: 3 colunas distantes 200 μm entre si, e cada uma contendo 10 leituras a cada 30 μm a partir da superfície. Os dados obtidos de microdureza nos grupos ICL, I, E e EH foram aplicados na fórmula para cálculo de área de lesão (ΔS). Para a Microscopia Óptica de Luz Polarizada foram utilizadas 5 metades de cada grupo (n=5) e foram polidas até atingirem a espessura de 0,1mm e levadas para a Microscopia. Para estabilidade de cor foi aplicado o teste Shapiro-Wilk, análise de variância (ANOVA two-way), seguido pelo teste Post Hoc de Bonferroni e Dunnet, e para ΔS foi aplicado ANOVA one-way seguido pelo Post Hoc de Tukey, nível de significância estabelecido em 5% para ambos. Nos resultados de estabilidade de cor, houve diferença significativa entre os tempos de 14 e 28 dias, ICL diferiu estatisticamente de todos os grupos tratados (∆L*, ∆a*, ∆b*, ∆E00) independente do tempo, I, E e EH tiveram comportamentos semelhantes e EH diferiu de I em ∆L*. Considerando ΔS, ICL demonstrou diferença significativa em relação aos grupos I e EH, mas não diferiu de E. Concluindo, os grupos experimentais de infiltrantes resinosos tiveram desempenho similar ao do comercial quanto à variação de cor, porém os três tiveram uma variação maior do que a de superfícies não tratadas; na área de lesão, foi possível notar que os I e EH apresentaram menor perda mineral, sugerindo um reforço na estrutura desmineralizada.