Descrição:
Este artigo analisa o tema dos laudos médicos na configuração de experiências de escolarização. Trata-se de um tema muito presente desde o início do século XXI, associado à produção de diagnósticos individuais, como a indicação da dislexia ou do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade para explicar o fracasso escolar. Com base em pesquisas realizadas nos últimos anos, o presente estudo analisa criticamente como o tema da patologização da vida escolar é mais abrangente. Essa maior abrangência diz respeito à presença histórica dos laudos em experiências de segregação escolar. E não é somente questão histórica. No atual cenário, a escolarização de crianças com deficiência ou cronicamente enfermas é marcada
pela subordinação dos argumentos pedagógicos à lógica estigmatizante dos laudos.
This article examines the topic of medical reports on the experiences of schooling. This
topic has been widely discussed since the beginning of the 21st century, associated with the production of individual diagnoses, such as the indication of dyslexia or attention deficit/ hyperactivity disorder, to explain school failure. Based on surveys conducted in recent years, this study critically examines the theme of pathologizing school life as more comprehensive. This greater inclusiveness concerns the historical presence of reports on experiences of school segregation. And, it is not just a matter of history. In the current scenario, the schooling of disabled or chronically ill children is marked by the subordination of pedagogical arguments to the stigmatizing logic of the reports.