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DOI: https://doi.org/10.48432/S0LBYH
Título: Agrobiodiversidade em três comunidades de Brejo da Madre de Deus-PE
Assunto: Agricultural Sciences
Descrição: A conservação de recursos genéticos pelo uso ou conservação on farm existe desde que a agricultura teve início, há 10 mil anos atrás, mas seu reconhecimento e fortalecimento só começou a acontecer a partir da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – Eco 92 - com a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB). Felizmente, no Brasil ainda existem muitos agricultores tradicionais que contribuem para esse tipo de conservação, porém não se tem uma estatística e muito menos uma documentação desse importante tipo de conservação, a nível nacional. Por outro lado, as políticas públicas e as ações nesta área, no Brasil, precisam ser intensificadas, mas para isso é fundamental conhecer, organizar, sistematizar as informações. Dentro desse contexto, conhecer a agrobiodiversidade conservada e usada por comunidades tradicionais é importante. Por isso, vem sendo realizados diagnósticos sobre a conservação e uso da agrobiodiversidade, em comunidades rurais do Brasil, com o uso de métodos e ferramentas participativas. Foram usadas duas ferramentas participativas desenvolvidas no âmbito do Projeto PARTICIPA - Metodologias participativas na pesquisa, ensino e extensão rural para potencializar a agroecologia como estratégia de convivência com o semiárido: Lista de Espécies Cultivadas e Diferenças entre Variedades Crioulas. Além dessas duas ferramentas participativas, foi adaptada a ferramenta Lista da Agrobiodiversidade, originalmente publicada por De Boef & Thijssen (2007). Sendo assim, constam aqui informações de três comunidades (Amaro, Sítio Esperança e Sítio Estrago) de Brejo da Madre de Deus-PE. Para cada comunidade, tem dois conjuntos de dados. Um conjunto de dados está relacionado à lista de espécies cultivadas (arquivo: especies cultivadas-amaro, especies cultivadas-esperanca, especies cultivadas-estrago), com outras informações associadas (nome da agricultor; nome da comunidade; espécie, se usa – 1 ou não - 2 a própria semente; número de variedades por espécie; importância da espécie para a agricultora: 0 = nenhuma, 1 = pouca, 2 = importante, 3 = muito, 4 = extrema importância ). Outro conjunto de dados se refere à Lista da Agrobiodiversidade (arquivo: agrobiodiversidade vegetal-amaro, agrobiodiversidade vegetal-esperanca, agrobiodiversidade vegetal-estrago) com informações sobre nome do agricultor; nome da comunidade; espécie; nome da variedade crioula; Estimativa de anos que conserva; Origem da Variedade Crioula: (1) parentes, (2) vizinho, (3) feira livre, (4) evento com agricultores tradicionais, (5) mercado/loja, (6) governo, (7) outros, quais; Usos: (1) alimentação humana, (2) alimentação animal, (3) remédio/saúde, (4) rituais (religiosos, festivos), (5) venda, (6) outros, quais; Intercâmbio – Para onde; Três características mais importantes da variedade crioula. Nas três comunidades foram mapeadas 41 espécies vegetais diferentes, sendo que para 32% dessas espécies os agricultores usam suas próprias sementes ou estacas, ao passo que 39% não usam seu próprio material reprodutivo e para 29% das espécies tem agricultores que usam seu próprio material e outros que não usam. Das 30 espécies diferentes cultivadas na Comunidade Sítio Esperança, os agricultores consideram que 33% são de pouca importância, 40% são importantes, 20% são muito importantes (acafrão, alface, banana, cebolinha, coentro, milho) e 7% são de extrema importância (feijão e morango). Já na Comunidade Sítio Estrago, das 19 espécies diferentes cultivadas, 42% são consideras muito importantes e 58% de extrema importância (batata doce, feijão, mandioca, milho, entre outras). Na Comunidade Amaro, das 29 espécies, 3% são de pouca importância, 24% são importantes, 45% são muito importantes e 28% de extrema importância (alface, brócolis, cenoura, coentro, couve, morango, tomate e banana). A comunidade que mais conserva e usa variedades crioulas (VC) é a Sítio Estrago, com 26 VC no total. Sítio Esperança conserva e usa 16 VC e Amaro 12 VC. Estas variedades estão sendo conservadas a mais de 10, com algumas passadas por gerações por mais de 200 anos.
Autor(es): Fonseca, Maria Aldete Justiniano da
Barros, Rafaela Cavalgante de
Silva, Cícero Alexandre S.
Siqueira, Maurício B. da S.
Bezerra, Andréa C. de L.
Silva, Alineaurea Florentino
Silva, Henágio José
Szilassy, Elizabeth
Silva, Dulce Alves da
URI: https://doi.org/10.48432/S0LBYH
https://www.redape.dados.embrapa.br/dataset.xhtml?amp;persistentId=doi:10.48432/S0LBYH
Outros identificadores:  
Fomento: Embrapa
Número do Projeto: 26.16.04.004.00.00
Termo de uso:  
Data: 3-Nov-2022
Data de Disponibilização:  
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Tipo: survey data
experimental data
dados experimentais
dados de levantamento
Editora / Evento / Instituição: Fonseca, Maria Aldete Justiniano da
Idioma :  
Aparece nas coleções:Redape – Repositório de Dados de Pesquisa da Embrapa



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